sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Superemos o pavor da morte com o pensamento da imortalidade.

Superemos o pavor da morte com o pensamento da imortalidade

Lembremo-nos de que devemos fazer a vontade de Deus e não a nossa, de acordo com a oração que o Senhor ordenou ser rezada diariamente. Que coisa mais fora de propósito, mais absurda: pedimos que a vontade de Deus seja feita e quando Ele nos chama e no convida a deixar este mundo, não obedecemos logo à sua ordem! Resistimos, relutamos e, quais escravos rebeldes, somos levados cheios de tristeza à presença de Deus, saímos daqui constrangidos pela necessidade, não por vontade dócil. E ainda queremos ser honrados com os prêmios celestes a que chegamos de má vontade. Por que então oramos e pedimos que venha o reino dos céus, se o cativeiro terreno nos encanta? Por que, com preces freqüentemente repetidas, suplicamos que se apresse o dia do reino, se maior desejo e mais forte vontade são servir aqui ao demônio do que reinar com Cristo?

Se o mundo odeia o cristão, por que tu o amas a ele que te aborrece, e não preferes seguir a Cristo que te remiu e te ama? joão em sua carta clama, fala e exorta a que não amemos o mundo, deixando-nos levar pelos desejos da carne: “nossos próprios membros”, não ameis o mundo nem o que é do mundo. Quem ama o mundo, não tem em si a caridade do Pai; porque tudo quanto é do mundo é concupiscência dos olhos e ambição temporal. O mundo passará e sua concupiscência; quem, porem, fizer a vontade de Deus, permanecerá eternamente cof( Jo2,15-17).

Ao contrário, tenhamos antes, irmãos diletos, íntegro entendimento, fé firme, virtude sólida, preparados para qualquer desígnio de Deus. Repelido o pavor da morte, pensemos na imortalidade que se lhe seguirá. Com isso, manifestamos ser aquilo que acreditamos. Irmão caríssimo importa meditar e pensar amiúde que já renunciamos ao mundo e vivemos aqui provisoriamente como peregrinos e hóspedes. Abracemos o dia que designará a cada um sua morada, restituindo-nos ao paraíso e ao reino, uma vez arrebatados daqui e quebrados os laços terrenos. Qual o peregrino que não se apressa a voltar a pátria? Nossa pátria é o paraíso. O grande número de nossos queridos ali nos espera: pais, irmãos, filhos. Deseja estar conosco para sempre a grande multidão já segura de sua salvação, ainda solícita pela nossa. Quanta alegria para eles e para nós chegarmos nós até ele e a seu abraço! Que prazer estar ali, no reino celeste, sem medo da morte, tendo a vida para sempre! Que imensa e inesgotável felicidade!

Lá, o glorioso coro dos apóstolos; lá o exultante grupo dos profetas; lá, incontestável povo dos mártires coroados de glorias e de triunfo pelos combates e sofrimentos; lá as virgens vitoriosas, que pelo vigor da continência corporal subjugaram a concupiscência da carne; lá remunerados os misericordiosos, que pelos alimentos e liberalidades aos pobres fizeram obras de justiça, e, observando o preceito do Senhor, transferiram seu patrimônio terreno para os tesouros celestes. Para lá, irmãos caríssimos, corramos com ávida sofreguidão. Que Deus considere este nosso modo de pensar!Que Cristo olhe este propósito do espírito e da fé! Os maiores prêmios de sua caridade eles os dará àquele, cujos desejos forem intensos. Lit das horas. Colab. freiEvandroSilva.

A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja conosco! Pai Nosso...

Blog do frei Evandro Silva. Agostiniano. OAR. frevandrosilva@hotmail.com

Um comentário:

  1. A nossa cidade é nos céus de onde também esperamos o Cristo Jesus, Senhor nosso que mudará nosso corpo humilhado, conformando-o a seu corpo glorioso.
    Quando Cristo, nossa vida, aparecer, então vós também sereis manifestados, com ele tendo parte em sua gloria.

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