Sexualidade humana
Três modos de viver a
sexualidade
Solteiros, casados, consagrados! São três modos de viver a sexualidade.
Nos três há pessoas realizadas e outras frustradas. O fator determinante em
cada modo não é o sexo, mas o amor. É possível ser feliz sem a prática do sexo,
não sem a experiência do amor.
É a grande maioria dos
adultos, e constituem um estado tão digno quanto os outros dois. Não falaremos
deles aqui, pois, já falamos noutra parte. Entretanto, convém lembrar que a
sexualidade não começa com o casamento, mas na fase intra-uterina.
Formam outro estado
de vida, geralmente transitório, contudo há pessoas que permanecem solteiras a
vida inteira. O valor dessa escolha depende das razões que a motivam:
humanitariamente, egoístas, de saúde, covardia... As crianças-obviamente
solteiras também são configuradas como homens ou mulheres e têm uma sexualidade
específica com frases próprias a serem respeitadas. O modo como são educadas se
refletirá na vida adulta, sobretudo no tocante ao respeito, afeição, partilha,
senso do “limite” que tiverem adquirido.
Sim, toda experiência relacional comporta
limites. Como imaginar dois jovens que vão ao casamento sem o senso do limite?
Cada um vai com sua mala abarrotada, mas o conteúdo das duas malas terá de
passar para uma terceira, de igual tamanho; e os dois só levarão consigo o que
puderem acomodar nessa terceira mala: cada um terá que desfazer-se da metade de
suas posses, para comporem junta a mala comum. Sem o senso do limite, os dois
vãos se dar mal.
Seguem um caminho
especial, que não é superior nem inferior aos demais, mas é diferente. Para
entendê-lo convém olhar o modelo inspirador, Jesus de Nazaré. Ele também não se
casou. O que terá levado Jesus a adotar esse comportamento tão estranho? É que
outra paixão lhe queimava a alma e tomava conta de seu coração: a experiência
do reino de Deus! “Se Jesus não toma uma mulher como esposa não é por que
despreze o sexo ou desvalorize o sexo ou desvalorize a família. É porque não se
casa com nada nem com ninguém que possa distraí-lo de sua missão a serviço do
reino” (J.A.Pagola).
Jesus conheceu a ternura, experimentou o
carinho e a amizade, amou as crianças e defendeu as mulheres; mas deixou-se conduzir
pela paixão por Deus e seus folhos e filhas maias pobres. Não abraça uma esposa,
mas deixa-se abraçar por mulheres perdidas, que recuperam junto dele a sua
dignidade. Não beija filhos seus, mas abraça as crianças que se aproximam dele.
Não cria uma família própria, mas empenha-se em reunir uma família mais universal,
nascida da fé, na qual todos têm lugar. Mais do que ninguém, Jesus viveu uma
sexualidade harmoniosa, bem integrada e fecunda, capaz de cativar a muitas
pessoas inspirando-as a viver do jeito dele. E você, leitor, pensou nisto?Ainda
não se deixou cativar pela figura luminosa de Jesus?Você pode estar perdendo! –
Estef- Escola superior de Teologia e Espiritualidade franciscana.
Blog do frei Evandro Oar –
freievandro.blospot.com- freandrosilva@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário